quinta-feira, janeiro 17, 2008

Conto de Natal - Gasolina 95

Ela,
A urgência de abastecer o automóvel. Bomba de gasolina.

Ele,
Uma saída a mais. Dizer não à rotina.

Ela,
Espreitar os periódicos. A vida real e concreta.

Ele,
Discurso engatilhado. Espreitava-a.

Ela,
Distracção e mudez. Outra forma de silêncio.

Ele,
Com o seu obséquio, dizia-me por gentileza as horas.

Ela,
Outra vez o despojo e atrevimento. O quê ???

Ele,
É uma pena que não haja aqui uns croquetes. Vinham mesmo a calhar.

Ela,
Não estou a perceber. Adeus.

Ele,
Uma vez mais, adeus súbito. Talvez arriscar…

O TELEFONE

Ela,
as costas escondem o sorriso que se abre descontrolado. Dispara.

O NÚMERO

Ele,
Agarrou o número, sentiu um outro tempo. Sentiu.

Ela,
Desaba.Chora.Ri.Chora.RI.Chora.Ri.Chora.Ri.

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