Conto de Natal - Gasolina 95
Ela,
A urgência de abastecer o automóvel. Bomba de gasolina.
Ele,
Uma saída a mais. Dizer não à rotina.
Ela,
Espreitar os periódicos. A vida real e concreta.
Ele,
Discurso engatilhado. Espreitava-a.
Ela,
Distracção e mudez. Outra forma de silêncio.
Ele,
Com o seu obséquio, dizia-me por gentileza as horas.
Ela,
Outra vez o despojo e atrevimento. O quê ???
Ele,
É uma pena que não haja aqui uns croquetes. Vinham mesmo a calhar.
Ela,
Não estou a perceber. Adeus.
Ele,
Uma vez mais, adeus súbito. Talvez arriscar…
O TELEFONE
Ela,
as costas escondem o sorriso que se abre descontrolado. Dispara.
O NÚMERO
Ele,
Agarrou o número, sentiu um outro tempo. Sentiu.
Ela,
Desaba.Chora.Ri.Chora.RI.Chora.Ri.Chora.Ri.
Sem comentários:
Enviar um comentário