segunda-feira, julho 28, 2008

Mais um bate bola com o Homem

Para ficar sozinho ante o silêncio
O que fazer quando o vazio se impõe assim,
dizei-me a gritar
por favor
O corropio afectivo deixa-me atordoado
Que mais sei eu de Deus que Deus de si próprio
Obedeço-lhe a viver, esponteneamente,
como quem abre os olhos e vê,
sol e flores e árvores e montes
Volto a ti, aos 30 anos
entrego o meu corpo, os meus interstícios
voluntaria ou involuntariamente
ME DOU
Os hospitais cobrem-se de cinza
Ondas de sombra quebram nas esquinas
O lado sombra
resgata-se a doer
com nervo e muito sangue
à parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo
Juntam-se as pontas soltas
que me fazem e me cumprem
Urge dar voz...

quinta-feira, julho 10, 2008

A Saga

"...Sacudir dos meus passos a poeira do desencontro..."
Sophia Mello Breyner