Le ballon rouge
Quero um balão vermelho a perseguir-me, já disse. Não volto atrás, o que está dito está dito, assinado, ponto final.
Balão vermelho em Alfama
Não me venham cá com anjos da guarda, seguranças, nossa senhoras, videovigilância, medidas de precaução especial ...o diabo a sete, quero mesmo um balão vermelho.
Balão vermelho agarrado à barcaça transtejo
Um balão vermelho a seguir-me por todo o lado, qual cão guia, ou perdigueiro fiel de caça. Urge estar perto, ao lado, em cima, em baixo, quando estou a dormir ou mesmo a pensar. A maior parte do meu tempo. E o balão vermelho...
Balão vermelho a esfumaçar na chaminé Quimigal
Chego a casa, o dia de labor intenso na parte mais baixa das costas. Na janela que espreita uma Oliveira, eis que aparece o balão vermelho. Está presente, é só isso que lhe exigo. Estar, apenas.
Balão vermelho cheio de rebuçados e farinha
O caminho faz-se pelas vielas históricas de uma certa cidade. Varinas e criançada a fugir à clausura do espaço interior, uma certa garoa a anunciar-se, olho para cima de relance e sinto o voo do balão vermelho. Salta de telhado em telhado, de história em história, de segredo em segredo.
Balão vermelho a bater furiosamente na parede
Parece-me que é chegada à hora. Estamos sempre em viagem, os objectos da nossa inquietação vão mudando, o balão vermelho sabe há muito ao que veio, sabe há muito o que é suposto fazer na sua viagem. Não plana ou flutua, assume o voo picado. Não, não se trata de um predador. É apenas o balão vermelho.
Balão vermelho a espreitar pelo buraco da fechadura
Um pouco tímido e envergonhado, permanece na errância do seu comportamento infantil. Por ora, apetece-lhe um pouco de intimidade feminina. Quer fazer parte...
1 comentário:
Gostei de cada pormenor deste filme e depois a coincidência de ler este post!
Um beijinho :)
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