Rasgar a vida...
Depois da Festa, ando à volta deste propósito - rasgar a vida - a explosão, outra fúria, uma revolta...
Uma letra inspirada de A Naifa, naturalmente um desejo de rasgar a vida de alto a baixo, uma folha de papel rasgada pelo meio, a necessidade de me perder por essas veredas que tanto receamos, uma vontade galopante de não controlar nada mais. Abandonei o controlo debaixo daquela tenda, quando o senhor Godinho exortava-nos à dança...
A raiva esperou o momento certo, preciso. Agora, pontapeio com violência todas as reminescências que sustentam a minha existência, essas mesmas que me remetem à impossibilidade de agarrar o afecto que vai pontuando a minha vida...
A pujança necessária para esmurrar esse saco de boxe, toda a minha força sobre essa massa compacta. De forma compulsiva, tento esmagar o peso da inércia, da imobilidade, esses momentos que adiamos, empurramos preguiçosamente para a frente...
Ouço as trombetas, vislumbro o sinal, passada firme no alcatrão quente, sinto a vida a ser rasgada de uma outra forma. Componho mais uma vez o filme, a banda sonora reúne a voz que sente o mesmo fascínio pelo risco, o limite, a película ilumina uma vida, outras mais, coladas, cosidas, uma folha de cicatrizes...
A pergunta que grita mais alto...
Vamos rasgar a vida?
Uma letra inspirada de A Naifa, naturalmente um desejo de rasgar a vida de alto a baixo, uma folha de papel rasgada pelo meio, a necessidade de me perder por essas veredas que tanto receamos, uma vontade galopante de não controlar nada mais. Abandonei o controlo debaixo daquela tenda, quando o senhor Godinho exortava-nos à dança...
A raiva esperou o momento certo, preciso. Agora, pontapeio com violência todas as reminescências que sustentam a minha existência, essas mesmas que me remetem à impossibilidade de agarrar o afecto que vai pontuando a minha vida...
A pujança necessária para esmurrar esse saco de boxe, toda a minha força sobre essa massa compacta. De forma compulsiva, tento esmagar o peso da inércia, da imobilidade, esses momentos que adiamos, empurramos preguiçosamente para a frente...
Ouço as trombetas, vislumbro o sinal, passada firme no alcatrão quente, sinto a vida a ser rasgada de uma outra forma. Componho mais uma vez o filme, a banda sonora reúne a voz que sente o mesmo fascínio pelo risco, o limite, a película ilumina uma vida, outras mais, coladas, cosidas, uma folha de cicatrizes...
A pergunta que grita mais alto...
Vamos rasgar a vida?
1 comentário:
Vamos rasgar e com muita pujança, que adjectivo mais adqueado para te classifica, PUJANÇA! Valeu
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