domingo, setembro 24, 2006

A paternidade adiada...(2)

Deste lado do vidro, eu com o teu número na mão. Do outro lado, tu nos braços de uma enfermeira. "É o pai?" Pai? Quem? Eu? Não! Reflectido no vidro, a irresponsabilidade típica do número 17, repetida por mais de uma década, infinita como a curva de um 0.
Faltei-te. Faltei-te mais do que a tua idade te permite ter actualmente consciência. Ainda vou a tempo? Tens a certeza? Então faz a mala e anda daí. Primeiro conselho: travel light.

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