Abrir hostilidades...
"Ouve lá, miúdo, temos que escrever um texto para abrir o blog, ou lá o que valha. Uma coisa para mostrar ao quem vimos, e o que pretendemos, essas coisas todas..."
(Senhor guerreiro, companheiro de luta desta e outras redes)
Sim, é verdade, senhor guerreiro. Tentarei juntar umas quantas pessoas para tal designío. As pessoas. Penso sempre nelas - as bonitas e as feias - as grandes e as poucochinho - as que mostram e as que se escondem - pessoas alinhadas, arrumadas - pessoas em desatino, aos repelões - as que crescem - as que recomeçam - as vivas - as não-vivas - outras ainda que tem voz - e aquelas que pedem emprestada uma outra voz - pessoas que se cumprem - e as que esperam esse momento. PESSOAS. sempre pessoas.
"Ó meu filho, a vida não tem grande ciência, andamos sempre à volta das mesmas coisas"(Dona Arminda, A Velhota de um lar de idosos, Samora Correia)
Rebal, homem magro, tez pó escurinho, sorriso aberto, vai existindo num café de cachimbos aromáticos de água, onde não se vende alcool para os convivas. Toda a vida se confrontou com a mesma pergunta, toda a vida a mesma resposta...Partir para uma outra babel, onde seja possível responder, o que a sua Luxor não permite. A mesma resposta, Lisboa, Paris, Brugges, Tânger, Alexandria, a mesma resposta. Senta aí, Rebal, vamos beber um trago desta velha e boa aguardente. Sim, podemos dar uma outra resposta. Sim, podemos.
"Aqui não há cerelac, mexe mas é essas pernas"(Um velho corredor a fazer pouco da minha corridinha pela Expo)
Singsingh, vários peixes pirilampos ao pescoço, rosas cansados num dos braços, uma vida de um paquistanês feito lisboeta, cara cerrada, sorriso escondido. Parece dizer " a vida é muito mais que um prato Cerelac pela manhã". Tínhamos descoberto o nosso nome, o nosso blog, e eu nem gosto do raio da papa. O assombro tomou conta de nós, Singsingh, mostrou-nos a sua parte mole algures naquele corpo amarrado, singelamente, escreveu no nosso papel rasca, o nome dos seus três filhos. Foi a resposta dele, uma outra resposta. Três filhos, vender rosas a portugas a iludirem-se atrás de cervejas e coisas afins, três filhos, porra. Três.
"...Mas, neste local, e neste momento, a humanidade somos nós..."(Didi para Gogo ou Gogo para Didi, já não sei, leiam o texto)
Ouviste o grito, senhor Guerreiro, ouviste a pergunta, bom amigo?? Neste logro que transformámos em blog, a humanidade somos nós. Rebal, Singsingh, Arminda, velho incógnito, os nomes da nossa resposta...Estás a ouvir???
(Senhor guerreiro, companheiro de luta desta e outras redes)
Sim, é verdade, senhor guerreiro. Tentarei juntar umas quantas pessoas para tal designío. As pessoas. Penso sempre nelas - as bonitas e as feias - as grandes e as poucochinho - as que mostram e as que se escondem - pessoas alinhadas, arrumadas - pessoas em desatino, aos repelões - as que crescem - as que recomeçam - as vivas - as não-vivas - outras ainda que tem voz - e aquelas que pedem emprestada uma outra voz - pessoas que se cumprem - e as que esperam esse momento. PESSOAS. sempre pessoas.
"Ó meu filho, a vida não tem grande ciência, andamos sempre à volta das mesmas coisas"(Dona Arminda, A Velhota de um lar de idosos, Samora Correia)
Rebal, homem magro, tez pó escurinho, sorriso aberto, vai existindo num café de cachimbos aromáticos de água, onde não se vende alcool para os convivas. Toda a vida se confrontou com a mesma pergunta, toda a vida a mesma resposta...Partir para uma outra babel, onde seja possível responder, o que a sua Luxor não permite. A mesma resposta, Lisboa, Paris, Brugges, Tânger, Alexandria, a mesma resposta. Senta aí, Rebal, vamos beber um trago desta velha e boa aguardente. Sim, podemos dar uma outra resposta. Sim, podemos.
"Aqui não há cerelac, mexe mas é essas pernas"(Um velho corredor a fazer pouco da minha corridinha pela Expo)
Singsingh, vários peixes pirilampos ao pescoço, rosas cansados num dos braços, uma vida de um paquistanês feito lisboeta, cara cerrada, sorriso escondido. Parece dizer " a vida é muito mais que um prato Cerelac pela manhã". Tínhamos descoberto o nosso nome, o nosso blog, e eu nem gosto do raio da papa. O assombro tomou conta de nós, Singsingh, mostrou-nos a sua parte mole algures naquele corpo amarrado, singelamente, escreveu no nosso papel rasca, o nome dos seus três filhos. Foi a resposta dele, uma outra resposta. Três filhos, vender rosas a portugas a iludirem-se atrás de cervejas e coisas afins, três filhos, porra. Três.
"...Mas, neste local, e neste momento, a humanidade somos nós..."(Didi para Gogo ou Gogo para Didi, já não sei, leiam o texto)
Ouviste o grito, senhor Guerreiro, ouviste a pergunta, bom amigo?? Neste logro que transformámos em blog, a humanidade somos nós. Rebal, Singsingh, Arminda, velho incógnito, os nomes da nossa resposta...Estás a ouvir???
2 comentários:
Aí pegar leve... já li isto 3 vezes e não peguei nada ainda... eita que rapaz complicado sô !
Foi um privilégio ter testemunhado a forma como surgiu o nome para este magnífico espaço.
Só tenho pena de apenas hoje o poder ter conhecido, mas valeu a pena esperar...
Muitos beijinhos, Rapazes da Vida Airada (upss, desculpem... esta parte deve constar em nota de rodapé e em letras pequeninas;)
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